A escada de emergência é a principal forma de evacuação de um edifício em caso de emergência.
Existem seis tipos de escadas: comum ou não enclausurada, protegida, enclausurada, enclausurada à prova de fumaça, pressurizada e externa. A quantidade e nome pode variar de acordo com cada estado.
No Brasil, quem define qual o tipo e a quantidade de escadas que um edifício deve possuir é o corpo de bombeiros estadual. Como cada estado tem o poder de fazer sua própria legislação, temos algumas diferenças entre as normas estabelecidas em cada território.
As diferenças vão desde a nomenclatura das escadas até parâmetros de exigência para cada uma. O tipo de escada também varia de acordo com a altura e o uso da edificação (comercial, residencial, escolar, pública, industrial, entre outros).
As escadas deverão atender a todos os pavimentos, obedecendo sempre como saída o piso de descarga. Deverão possuir corrimãos contínuos em ambos os seus lados, guarda-corpos, iluminação de emergência, sinalização de saída e pisos com acabamento antiderrapante. Na maioria dos estados, o formato de espiral e/ou degraus em formato de leque não é mais admitido nos projetos arquitetônicos.
A largura das escadas é definida de acordo com a quantidade máxima de pessoas, que em caso de um imprevisto usam a escada como saída de emergência. A maioria das normas define para uso residencial, comercial ou industrial a dimensão mínima de 1,20 metros, aumentando essa dimensão de acordo com o público. Para outros usos, como em hospitais, teatros, cinemas, estádios de futebol e escolas, as normas têm muita variação quanto a dimensão mínima.
A escada comum é a escada mais simples, normalmente presente em edifícios de até cinco andares. Essa escada não tem obrigação de possuir paredes resistentes ao fogo em seu entorno. Ela apresenta como requisitos a construção em concreto armado ou material de equivalente resistência ao fogo por duas horas. Alguns estados permitem o uso de escadas metálicas e de madeira, com algumas condições específicas.
Segundo a NBR 9077/2001, embora possa fazer parte do sistema de saída de emergência, a escada comum pode ser ligada diretamente com os demais ambientes – como corredores, halls e outros, não sendo obrigatório o uso de portas corta-fogo ou antecâmaras.
Esse tipo de escada deve ser protegido no entorno por paredes corta-fogo, com resistência mínima de duas horas e deve possuir a porta corta-fogo em sua ligação com o edifício – o tempo varia de acordo com a normativa local.
Devem ser construídas em concreto armado ou material equivalente, além de ser devidamente ventiladas no corpo da escada. Essa ventilação pode ser feita diretamente para o exterior ou através de dutos, sendo que algumas normas permitem que ela não seja ventilada – desde que o ambiente que de acesso a ela tenha ventilação permanente.
Uma escada enclausurada deverá apresentar em sua caixa paredes de material com resistência ao fogo por duas horas e portas corta-fogo. Os degraus deverão ser feitos em concreto ou material de equivalente resistência ao fogo.
A escada enclausurada deverá possuir antecâmara ventilada por um duto de extração de fumaça (DEF) através de abertura na parte superior para facilitar a saída da fumaça. O duto inicia no pavimento mais baixo atendido e termina acima da cobertura, possibilitando a saída da fumaça.
Fonte: INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº. 11/2014 – NORMA DO CORPO DE BOMBEIROS DE SP.
A escada enclausurada à prova de fumaça deverá possuir paredes corta fogo por um período de quatro horas e portas corta-fogo. O acesso é por uma antecâmara, que evita que o fogo e a fumaça cheguem ao corpo da escada em caso de incêndio. A antecâmara deve ser ventilada por dois dutos.
Duto de extração de fumaça (DEF) – é ligado a antecâmara na parte superior para facilitar a saída da fumaça, inicia no pavimento mais baixo atendido e termina acima da cobertura, possibilitando a saída da fumaça.
Duto para entrada de ar (DEA) – é ligado a antecâmara na parte inferior para facilitar a entrada de ar limpo, inicia na base do edifício, em um ponto que possibilite a captação de ar livre de fumaça, a captação normalmente é posicionada próxima do piso do térreo. O Duto termina na última antecâmara atendida.
A escada pressurizada apresenta um sistema mecânico com ventiladores que aumentam a pressão do ar no corpo da escada, dificultando a entrada de fumaça no ambiente. Em alguns estados, além do sistema de pressurização é exigida a existência de antecâmara com portas corta-fogo para proteger ainda mais a escada da entrada da fumaça.
Nesse tipo de escada é obrigatório o sistema de portinholas com alívio de pressão automático em caso de defeito no sistema. Na maioria dos estados também é obrigatória a instalação de um gerador de emergência, para em caso de corte de energia o sistema mecânico continue em funcionamento.
Ainda alguns estados exigem um sistema de portinholas com detectores de fumaça (smoke vents) que abrem para ventilar a escada em caso de falha no sistema.
O espaço para os ventiladores normalmente é previsto nos andares mais baixos da edificação próximo da tomada de ar, um espaço adequado para a maioria dos casos é de 3m x 5m mas varia bastante de acordo com a altura da edificação, necessidade de ventilador reserva e marca do equipamento.
No sistema de ventilação existem dois dutos:
– Duto de captação de ar – inicia na base do edifício, em um ponto que possibilite a captação de ar livre de fumaça, a captação normalmente é posicionada próxima do piso do térreo e é ligado na sala de pressurização.
– Duto de pressurização – inicia na sala de pressurização e vai até o último pavimento pressurizado, ele é ligado ao corpo da escada através de aberturas que podem ter o seu tamanho variável através dos pavimentos para equalizar a pressão em todo o corpo da escada, sua dimensão é variável de acordo com o cálculo.
Os dutos podem ser revestidos por alumínio para diminuir o atrito do ar possibilitando a diminuição dos mesmos, em alguns casos o ganho de área em todos os pavimentos compensa o elevado custo do alumínio.
O sistema mecânico de ventiladores trabalha com duas faixas de pressão, uma durante a operação normal do edifício e outra maior que deve ser acionado automaticamente em caso de emergência.
Desenvolvemos outro conteúdo mais aprofundado a respeito de escadas pressurizadas, caso queira conferir.
Fonte: Construtivo, aprimoramento pessoal.
Esta escada fica externa ao corpo do edifício. É muito comum em edifícios antigos, que foram construídos antes de existir legislação específica para combate a incêndio e devido a mudança do uso e a riscos estruturais, não havia como fazer a adaptação da escada existente.
A maioria dos estados não admite o uso desse tipo de escada. Normalmente, o Departamento de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros abre uma exceção para esses casos.
A estrutura da escada deverá ser de material incombustível, como concreto ou metal e possuir guarda-corpo e corrimão. Também é exigido que a parede do edifício em que a escada fica posicionada seja resistente ao fogo e existam alguns afastamentos das aberturas.
Fonte: INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº. 11/2014 – NORMA DO CORPO DE BOMBEIROS DE SP.
O tamanho mínimo do duto na maioria das normas estaduais é de 70cm x 120cm e 0,84m² a NBR e algumas normas exigem que o tamanho mínimo é calculado pela fórmula S=0,105m²xN aonde o “N” é o número de pavimentos atendidos e deve atender a proporção de 2×1.
Como você pode perceber há muitas variações de uso das escadas de emergência. Caso tenha ficado com alguma dúvida, deixe-nos um comentário, a troca de informação é sempre muito importante quando o principal objetivo é a segurança.
O corrimão, também denominado mainel, é uma barra de superfície lisa e arredondada que acompanha as laterais das escadas e rampas, auxiliando quem caminha por elas.É um apoio para o corpo, que traz mais equilíbrio e segurança ao subir e descer os desníveis.
Este item de segurança é utilizado principalmente por crianças, mulheres grávidas, pessoas com criança de colo, idosos e portadores de necessidades especiais. Sua instalação nem sempre é obrigatória, mas sua importância é evidente.
Conforme a NBR 9077 (Saídas de Emergência em Edifícios), rampas e escadas devem ter corrimão. A NBR 9050, que contém normas sobre acessibilidade, também traz informações importantes sobre este item de segurança. Como muitas vezes o uso de guarda-corpos está relacionado com o uso de corrimãos, abordamos abaixo alguns detalhes deste outro item de segurança:
Segundo a NBR 9077, toda saída de emergência, como corredores, mezaninos, escadas, rampas, etc., deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guarda-corpos contínuos, sempre que houver qualquer desnível maior que 19cm. A altura de guardas internas deverá ser de 1,05m e em escadas internas a parede de proteção poderá ter 92cm de altura. Em locais com altura superior a 12m, o guarda-corpo deverá ter 1,30m de altura no mínimo.
Sua obrigatoriedade poderá ser verificada junto ao Departamento de Urbanismo da Prefeitura de cada cidade, já que as determinações podem sofrer variações de acordo com o município. Para ambientes comerciais você também poderá consultar o departamento responsável pela aprovação de projetos do Corpo de Bombeiros.
Indicamos as medidas estabelecidas na NBR 9077 e na NBR 9050:
4cm é a distância mínima em relação à parede. De acordo com a NBR 9077, o corrimão poderá ter até 6,5cm de diâmetro e altura entre 80 e 92cm/.
Muitas vezes é necessária a instalação de um corrimão intermediário, no meio de escadas e rampas, quando estas são muito largas.
Você deverá estar atendo às exigências do seu município e poderá optar por diferentes modelos, de acordo com a sua decoração. O importante é valorizar a segurança e o conforto de quem utiliza os ambientes.
Os materiais mais comuns utilizados para o corrimão são: madeira, ferro, aço inox, alumínio e vidro.
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