fbpx
75 / 100
Resistência ao fogo da edificação

O desempenho das edificações é um tema em evidência no cenário brasileiro, principalmente após a aprovação da norma de desempenho das edificações, a NBR 15575 (ABNT, 2013). Composta de seis partes, que analisam os requisitos gerais, estruturais, de pisos, de vedações, de coberturas e hidrossanitários, essa regulamentação objetiva a validação e aplicabilidade em termos de segurança, conforto, resistência e durabilidade dos materiais e sistemas construtivos frequentemente utilizados no setor.

Infelizmente, grandes tragédias ocorreram para que fossem desenvolvidas normas e regulamentações na construção de edificações, garantindo a segurança contra incêndios. A exposição às altas temperaturas e à fumaça causam grandes riscos à vida, portanto os prédios devem possibilitar um tempo de fuga das pessoas em segurança.

A fim de garantir esta segurança na ocorrência de incêndio, existem critérios específicos contra à ação do fogo que devem ser respeitadas. O dimensionamento desses critérios é feito através do Tempo Requerido de Resistência ao Fogo – o TRRF. Continue a leitura e entenda do que se trata o TRRF, as Normas que o regem, sua verificação e como aplicá-lo em construções no seu estado.

O que é o TRRF?


O Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) é o tempo mínimo de resistência ao fogo, em minutos, de um elemento estrutural (lajes, vigas, pilares), de uma parede ou de divisórias quando sujeito ao incêndio-padrão – modelado por meio de uma elevação padronizada de temperatura. Esse tempo mínimo impede a propagação das chamas sem comprometer a função estrutural ou de compartimentação das partes.

Na elaboração do projeto estrutural, deve-se verificar a estrutura dimensionada de acordo com as dimensões e condições de proteção de seus elementos. Cada qual, tenha um Tempo de Resistência ao Fogo (TRF) superior ao Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF).

A verificação é feita a partir de métodos preconizados por Normas Brasileiras, porém o Corpo de Bombeiros de cada estado elabora Instruções Normativas ou Normas Técnicas referenciadas pelas NBRs, a fim de padronizar processos.

Isenção dos requisitos de resistência ao fogo


A quantidade de materiais combustíveis existentes num compartimento e a sua taxa de queima têm relação direta com a intensidade que um incêndio pode alcançar neste mesmo local, sendo, portanto um grande definidor do risco de incêndio daquele ambiente e, consequentemente importante parâmetro para definição dos sistemas de proteção contra incêndio compatíveis com este risco.

Segundo a NBR 14432/2001, estão isentas da necessidade de resistência ao fogo, em seus elementos construtivos, das edificações:

  • Cuja área total seja menor ou igual a 750 m²;
  • Com até dois pavimentos, cuja área total seja menor ou igual a 1.500 m² e carga de incêndio específica inferior ou igual a 1.000 MJ/m²;
  • Os elementos estruturais de cobertura da edificação (tais como tesouras, vigas de cobertura, terças, etc.). Cuidado! Não se aplica a coberturas que tenham função de piso, mesmo que seja apenas para saída de emergência.

Resistência ao fogo de vedações (paredes e pisos)


Para avaliação e classificação da resistência ao fogo de elementos (portas, janelas, dampers, etc.) e sistemas construtivos de vedação horizontal ou vertical (paredes e pisos), são considerados os seguintes critérios: 

  • Estanqueidade: permite avaliar se as chamas e os gases quentes desenvolvidos no interior do ambiente em combustão são liberados por fissuras ou aberturas no elemento construtivo, podendo expor as pessoas e os objetos que se encontram na face não exposta ao fogo aos efeitos do incêndio;
  • Isolamento térmico: permite avaliar se o calor transmitido por radiação e condução através da superfície do elemento construtivo pode ameaçar a segurança das pessoas e dos objetos que se encontram na face não exposta ao fogo aos efeitos do incêndio;
  • Estabilidade: permite avaliar se o elemento ou sistema construtivo não perde seu caráter funcional (seja este portante/ estrutural ou simplismente de vedação), ou seja, se não entra em ruína durante o tempo de ensaio.

Critérios definidos nos métodos de ensaio


  • NBR 6479 – Portas e vedadores – Determinação da resistência ao fogo – Método de ensaios (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1992);
  • NBR 10636 – Paredes divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao fogo – Método de ensaio (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1989).

Desta forma, é necessário especificar elementos construtivos adequados para vedação das compartimentações horizontais e verticais, atendendo, por exemplo, às exigências da Instrução Técnica nº 9 do CBPMESP – Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical, onde o requisito a ser atendido é a resistência ao fogo desses elementos em função do risco envolvido.

Especificações dos materiais


Na etapa de especificação dos produtos de acabamento e revestimento que irão compor o projeto de um edifício, é importante selecionar produtos que apresentam características frente ao fogo, no mínimo, atendendo às exigências de normas e regulamentos de segurança contra incêndio.

O conjunto de ensaios de caracterização dos produtos quanto a sua contribuição no crescimento do incêndio é denominado de Reação ao Fogo. Incluem-se nesta categoria os ensaios que determinam:

  • Incombustibilidade;
  • Quantidade de calor liberado na cobustão;
  • Velocidade de propagação superficial das chamas;
  • Quantidade dos produtos da combustão (gases quentes, fumaça e fuligem).

Para saber mais sobre a Resistência ao fogo da edificação, clique aqui.

HELP é uma empresa especializada em Sistemas de Prevenção e Combate a Incêndio. A HELP é cadastrada no CREA e conta com uma equipe especializada para te ajudar da melhor forma possível. Caso queira saber mais sobre, ligue para (16) 3630-6058 / (16) 98115-9940 ou clique aqui e entre em contato por e-mail.

Todos os Direitos Reservados – 2019 – Help Manutenção.

WhatsApp chat